Acusado de assassinar historiador em Campinas vai a júri popular, determina Justiça
13/10/2025
(Foto: Reprodução) Gilberto Pereira Schneiker foi encontrado morto em Campinas, em 10 de setembro
Reprodução/Redes Sociais
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) determinou que Kaique Araujo Barboza, acusado de assassinar o historiador Gilberto Pereira Schneiker, em Campinas (SP), vá a júri popular. A data do julgamento ainda não foi marcada, pois ainda cabe recurso.
O crime ocorreu em 2023. O corpo da vítima de 31 anos foi localizado no dia 10 de setembro daquele ano, com marcas de violência, em uma área de mata. O suspeito teve a prisão preventiva decretada e foi detido no dia 15, após a Polícia Civil receber uma denúncia sobre onde ele estava.
📲 Receba no WhatsApp notícias da região de Campinas
À época, a polícia informou que Kaique teria confessado a autoria do crime, narrando detalhes de como executou (relembre o caso abaixo). Na decisão da última sexta-feira (10), a Justiça também manteve a prisão preventiva.
O g1 tenta localizar a defesa dele para pedir um posicionamento.
LEIA TAMBÉM:
Corpo de homem é localizado com ferimentos e coberto por vegetação em Campinas
Corpo encontrado com sinais de violência era de historiador formado pela Unicamp
Polícia 'não descarta' crime de homofobia contra historiador formado na Unicamp e busca suspeito
Veja os vídeos que estão em alta no g1
Familiares citaram homofobia
A Polícia Civil de Campinas (SP) disse "que não descarta" a hipótese de Gilberto ter sido vítima de crime de homofobia. Além disso, indicou que um homem que esteve com a vítima em um bar na Avenida das Amoreiras é tratado como suspeito.
"Não descartamos. Hoje ouvimos mãe e [dois] amigos da vítima. Estamos buscando imagens para esclarecer o crime. Autoria ainda indefinida", explicou o delegado responsável pelo caso, Rui Pegolo.
O caso foi registrado como homicídio e, de acordo com Pegolo, outra possibilidade é de que tenha ocorrido um desentendimento entre Schneiker e um homem com quem ele conversou em um bar, na madrugada de domingo. Este cliente do estabelecimento não foi identificado até esta publicação.
O delegado explicou que o historiador se encontrou com a mãe em um bar após encerrar o trabalho, por volta de 0h, mas decidiu permanecer por mais um período após ela deixar o local. A mulher, segundo a polícia, voltou para casa com dinheiro, celular e documentos do filho.
Local onde o corpo foi encontrado, na Vila Mingone, em Campinas
Jorge Talmon/ EPTV
"Falar que é um crime de ódio está um pouco distante ainda porque aparentemente, pelas últimas filmagens que temos, estava tudo bem. Tanto que saíram lado a lado. Pode ter tido um desacerto entre eles, desacordo, a vítima estava sem dinheiro [...] O dinheiro e celular estavam no carro da mãe, foi embora e levou documentos. A gente está apurando essa hipótese de briga", disse Pegolo.
Segundo a polícia, Schneiker teria pago bebida e uma porção ao rapaz, e imagens indicam um princípio de discussão antes da saída. O DHPP também suspeita que o rapaz sabia sobre a câmera interna.
De acordo com o delegado, o historiador, formado pela Unicamp, deixou o local acompanhado do homem por volta das 3h. O suspeito usava boné e não havia sido vista anteriormente por funcionários do bar.
Schneiker foi sepultado terça-feira no Cemitério dos Amarais, em Campinas.
Corpo de Gilberto Pereira Schneiker, de 31 anos, foi encontrado com marcas de violência na manhã de domingo (10), em Campinas (SP)
Reprodução/redes sociais
VÍDEOS: tudo sobre Campinas e região
Veja mais notícias da região no g1 Campinas.