Golpe em lojas de luxo: polícia recupera R$ 130 mil em peças de roupa com advogada de Campinas
27/06/2025
(Foto: Reprodução) Três lojas já registraram boletim de ocorrência. Polícia investiga o caso como apropriação indébita. Polícia recupera 100 roupas de luxo que foram apropriadas por advogada de Campinas
Uma operação da Polícia Civil contra uma advogada suspeita de aplicar golpes contra lojas de luxo de Campinas (SP) recuperou mais de 100 peças de roupas e bijuterias avaliadas em R$ 130 mil nesta sexta-feira (27).
De acordo com o delegado que investiga o caso, a mulher de 41 anos era cliente dessas lojas, onde possuía cadastro, e teria usado esse conhecimento para pedir para levar as peças para provar, mas não as devolveu. Algumas delas chegam a R$ 5 mil cada.
Foram recuperados produtos na residência e no veículo da suspeita, e a Polícia Civil identificou que as peças são de pelo menos cinco lojas da cidade - três delas, até o momento, registraram boletim de ocorrência contra a advogada. O caso é investigado como apropriação indébita.
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Segundo o delegado Luiz Fernando Dias de Oliveira, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), a suspeita foi intimada a comparecer, e a Polícia Civil vai analisar o celular apreendido para saber se há participação de outras pessoas no crime.
"Vamos tentar identificar se existia alguma encomenda de terceiros, ou se ela comercializava essas peças. Fato é que em um primeiro momento não tem como apontar a participação de outras pessoas, até mesmo porque grande parte das peças foram encontradas no guarda-roupas da suspeita, com indicativo que seria para uso pessoal", disse.
A advogada não tem o nome divulgado, e o g1 não conseguiu contato com a suspeita para comentar a operação policial.
Peças apreendidas com advogada suspeita de aplica golpes em lojas de luxo em Campinas (SP)
Reprodução/EPTV
Lojas relatam ameaças e desaparecimento
A advogada suspeita da apropriação indébita, ou seja, de se apossar de algo que não lhe pertence, era cliente dessas lojas de luxo, inclusive com cadastro com nome, endereço e número de telefone.
A partir dessa proximidade, ela começou a pedir peças para experimentar, mas nunca devolvia. Em uma das lojas de luxo, ela teria levado R$ 40 mil em peças, mas foram recuperados apenas R$ 15 mil.
A gerente contou que o caso evoluiu para além da apropriação das peças, quando em um momento de cobrança, a mulher teria feito, inclusive, ameaças de morte.
"A gente falou que poderia deixar ela levar, por ser uma pessoa que já tinha frequentado a loja. (...) a gente ligava, e ela: 'não, eu tô indo. Daqui a pouco estou aí', e ela não aparecia. (...) minha filha ligou para ela, tentando levar numa boa. E ela falou assim: 'essa loja é minha, eu faço dela o que eu quiser. Quem você prefere que eu mate antes?'. Então o negócio tomou uma proporção muito maior do que o roubo", disse a gerente.
Em outra loja, a gerente disse que foi possível recuperar metade das peças levadas pela advogada.
"Ela chegou na loja pedindo uma malinha para provar em casa, isso é uma coisa que a gente tem costume de fazer na loja para clientes que têm cadastro. Depois de dois dias a gente começou a tentar o contato com ela, ela não respondia. A gente foi na casa dela, já não morava no endereço que estava no cadastro. Descobrimos que ela já tinha feito isso em outras lojas, e já tinha informado às outras lojas que não iria pagar", conta.
Polícia Civil recupera roupas e bijouterias avaliadas em R$ 130.000,00 de diversos estabelecimentos de Campinaa
Polícia Civil
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